Senado barra a PEC da Blindagem, chamada de “equívoco histórico” por Lula

Foto: Ricardo Stuckert/PR.

Em um duro discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a controversa PEC da Blindagem como um “equívoco histórico” e uma “vergonha nacional”. A declaração, feita durante uma coletiva de imprensa na sede da ONU em Nova York, reforçou a oposição do governo à proposta, cujo arquivamento no Senado ele considerou totalmente previsível.

A proposta de emenda constitucional buscava estender a proteção judicial para parlamentares, exigindo uma votação secreta entre deputados e senadores para a abertura de processos. A medida, que gerou forte reação na sociedade, foi alvo de críticas contundentes do presidente.

Lula argumentou que a PEC era desnecessária e provocativa. “As pessoas só precisam de proteção se não fazem nada de errado”, afirmou, em uma crítica direta à intenção de criar uma camada extra de privilégios para os congressistas.

Rejeição unânime no Senado

Apesar de ter sido aprovada na Câmara dos Deputados, a PEC da Blindagem encontrou seu fim no Senado. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposta foi rejeitada por uma votação esmagadora de 26 votos a zero, enterrando de vez a sua tramitação.

O resultado na CCJ é visto como uma vitória da transparência e reforça a visão de que não se deve criar leis para blindar a classe política. O desfecho da PEC põe fim a um dos temas mais polêmicos do cenário legislativo recente.