Cidadania no Coração da Floresta: Ouvidoria do MPMT Realiza Mais de 1.400 Atendimentos a Indígenas Xavante

Cidadania no Coração da Floresta: Ouvidoria do MPMT Realiza Mais de 1.400 Atendimentos a Indígenas Xavante

Créditos: MPMT

Campinápolis (MT) – Em uma ação inédita e de grande impacto social, a primeira edição indígena da Ouvidoria Itinerante do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) levou cidadania e serviços essenciais para a Terra Indígena (TI) Parabubure, no município de Campinápolis. A iniciativa, focada nas comunidades Xavante, percorreu mais de mil quilômetros e totalizou impressionantes 1.400 atendimentos em apenas três dias, cobrindo as aldeias Aldeiona, Campinas e Santa Clara.

A jornada do MPMT teve como principal meta tirar da invisibilidade social e burocrática centenas de indígenas que enfrentam dificuldades de acesso a serviços básicos. A equipe promoveu uma verdadeira força-tarefa de inclusão, oferecendo:

  • Documentação e Cidadania: Emissão de documentos fundamentais como RG e CPF, além da regularização eleitoral e confecção do título de eleitor.
  • Serviços Sociais: Cadastros em programas sociais, orientações previdenciárias e jurídicas.
  • Saúde e Educação: Atendimentos de saúde com imunizações e testes rápidos, além de ações voltadas à educação, como rematrícula e combate à evasão escolar.

O sucesso da iniciativa foi resultado de uma articulação interinstitucional robusta, que contou com a parceria de órgãos como o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Receita Federal, UFMT, Politec e DSEI.

A procuradora de Justiça Eliana Cícero de Sá Maranhão Ayres Campos, ouvidora-geral do MPMT, classificou a ação como “satisfatória”, destacando a união de esforços para atender a população indígena, garantindo a eles “o direito de serem cidadãos como qualquer outra pessoa.”

Lideranças indígenas, como o vice-cacique da Aldeia Santa Clara, expressaram satisfação, ressaltando a dificuldade de deslocamento até a cidade. O impacto da Ouvidoria Itinerante foi além dos números, sendo um marco na aproximação do Ministério Público com os povos originários, fortalecendo o diálogo e o respeito às suas tradições e necessidades. A ação garantiu que muitos Xavante saíssem “da inexistência para serem cidadãos”, com plenos direitos reconhecidos.

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